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12 de junho de 2008

Frederico Gil no Record

Quando, em Agosto de 2002, Frederico Gil abordou João Cunha e Silva para o treinar, era ainda júnior e tinha como grandes referências do seu mestre as jornadas vividas no Estoril Open e na Taça Davis.
Seis anos depois, aquele que foi o mais internacional de todos os portugueses na Taça Davis está a dotar Frederico Gil de um manancial de recursos que o tornam num jogador incómodo para qualquer adversário no circuito.
Gil, que completou 23 anos em Março, está mesmo a um passo de superar o ranking do seu treinador, mas a distância que o separa (oito lugares) não é fácil de ser eliminada. Há pontos a defender e só um conjunto de vitórias o podem levar a superar o ranking de João Cunha e Silva, 108.º mundial em 1991.
“Não estou nada surpreendido pelos progressos do Gil e já o disse várias vezes, em jeito de brincadeira, que ele está atrasado para as minhas previsões...”, comenta o treinador, para acrescentar: “Há um grande mérito por parte do jogador em chegar a este nível, embora tenhamos de ser realistas e dizer que é muito difícil uma entrada no top 100, chegar ao quadro principal do US Open. Faltam 50 pontos e há contas a fazer com uma Taça Davis pelo meio.”
Nesta fase, e para João Cunha e Silva, há um desafio a ter pela frente: “Digo sempre aos meus jogadores que o mais importante é termos um bom ranking mundial, um bom nível de jogo, e não olhar para dentro e pensar que somos os melhores só em Portugal. O Gil tem um ranking consentâneo com aquilo que está a produzir”, defende.
Frederico Gil é, por outro lado, o único jogador que fez um percurso semelhante ao de Nuno Marques e Cunha e Silva no escalão júnior, competindo nos Grand Slams e afirmando-se logo na Taça Davis. É mesmo o único júnior português entre os 400 melhores do mundo a ter marcado presença nos quatro Grand Slams. Mais recentemente só Gastão Elias (547.º em 2008) o copiou.“Esse é um dado muito interessante e que serve de referência. Por exemplo, quando Gil for jogar em Wimbledon já tem noção ao que vai, enquanto outros vão sentir esse desafio pela primeira vez”, comentou Cunha e Silva, coordenador técnico do Clube Escola Ténis de Oeiras.
Autor: NORBERTO SANTOS

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