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21 de outubro de 2006

Frederico Gil e o Top 100




Frederico Gil continua a sua caminhada para o Top 150 no final do ano, com o apuramento para as meias-finais de hoje em Bogotá. Os 31 pontos conquistados até ao momento( 30 a marcar porque deitará fora o ponto do torneio de Cordenons, Itália ), colocam Gil muito perto do 150º lugar e levam-nos a pensar que se os 5 torneios da Copa Petrobrás correrem bem, Gil poderá ter sido conservador no seu sonho.

Vamos por partes:

Do 164º lugar ( onde está o Frederico) até ao 140º existem 24 jogadores e 61 pontos. Destes, apenas sete ( Vinciguerra 141º, Mello 149º, Agassi 151º, Bastl 156º, Zuerev, 157º, Chiudinelli, 162º e Granollers, 163º ), tem que defender menos pontos do Gil até ao fim do ano. Casos de Agassi 151º que já não pontua, Russell 148º que defende 85 pts., Guccione 150º que defende 46, Berrer 153º que defende 81 pts, Reynolds 154º que defende 113 pts, Rusedski 155º que defende 100 pts ou mesmo Morrisom 161º que defende 76 pts., são jogadores que Gil deverá ultrapassar até ao fim do ano. Como é obvio este é um exercicio no arame, dado que tudo dependerá da actividade e resultados de todos e daí que serão sempre possíveis as surpresas.
Mas vamos trabalhar com factos reais:

Em Dezembro de 2005, o 100º classificado , o chinês Wang, terminou o ano com 423 pts.
Em Dezembro de 2004, o 100º classificado , o germânico Burgsmuller tinha 434 pts.
Em Dezembro de 2003, o 100º classificado, o espanhol Corretja tinha 393 pts.
Em Dezembro de 2002, o 100º classificado , o americano Ginepri tinha 392 pts.

Por aqui se vê que entre 2003 e o ano seguinte existiu um salto de cerca de 40 pontos para a pontuação do 100º classificado.
Por esta altura, no ano passado, o 100 º classificado era o espanhol Hernandez com 417 pts. enquanto que este ano o 100º tem 416 pts.

Pela lógica, é bem provavel que o 100º classificado no final deste ano tenha cerca de 420 pts, ou seja mais 165 pontos do que Frederico tem agora.


Já se sabe que Frederico vai perder 12 pontos em Novembro pelo torneio de Puebla . Assim sendo Frederico precisa de fazer 177 pontos para terminar o ano perto do expectável Top 100.

O Frederico está a participar numa série de cinco torneios ( Copa PetroBras ) na América do Sul, com $ 75.000 de prémios mas que pontuam como se fossem do escalão superior de $100.000.

Neste escalão os pontos são assim distribuídos: Vitória: 70 pts. Finalista: 49 pts. 1/2 : 31 pts. 1/4 : 16 pts. 1/8 : 7 pts e 1ª ronda: 1 pt.


Com isto as contas são fáceis de fazer e como sonhar não é proibido, aqui vai.


Se Gil ganhasse 2 dos 5 torneios e fosse finalista de outro, Gil faria 189 pts, deitaria fora 8 pontos e, voilá, acima dos 177 pts que falámos antes.

Mas vamos ser mais comedidos: Gil chegava à final de dois torneios , ganhando um deles, era semi finalista noutro ( o que já aconteceu em Bogotá) , e quarto-finalista num outro; Com estes resultados Gil faria 166 pts, deitaria fora 13 pts e os 153 pts restantes poriam Gil muito perto do Top 100.
As contas podem ser muitas mas o Fred está a demonstrar que pode bater-se com qualquer um que nem um leão neste primeiro torneio que, não podemos esquecer, é disputado em altitude, o que só abona a favor do nosso campeão nacional.
Podem-me chamar idealista, o Gil pode lesionar-se ( lagarto,lagarto) mas o Fred não irá deitar fora qualquer oportunidade de tornar este último trimestre como o seu melhor de sempre.

Para ele a nossa força e que tudo corra pelo melhor. A minha esperança é que tudo corra razoavelmente bem para que o Gil se sinta " obrigado" a ir ao Open da Australia.....


Nota: A foto é do Gil ontem em acção, deferência de Richard Diaz e do site oficial do torneio


18 de outubro de 2006

FPT - Programa Nacional de Detecção de Talentos


O que parecia ser uma boa ideia, tendo tido durante este ano várias demonstrações no terreno, está a tornar-se numa ideia , no minimo confusa.
A ideia do Paulo Lucas parecia talhada ao sucesso. Identificar talento em jogadores que já jogam ténis e ajudá-los a desenvolver o seu máximo potencial, projectando novos métodos científicos junto dos clubes e treinadores, aproximando o nosso país ao que de melhor se faz lá fora ( basta olhar para a nossa vizinha Espanha !!!) e criando condições para estágios profissionais e onde os jovens até aos 12 anos possam beber e retirar novas plataformas de conhecimento, seria, de facto, um salto qualitativo enorme para o nosso ténis.
A federação, que imediatamente abraçou o plano, tornou-o realidade em poucos meses e em Março realizou-se o 1º estágio nacional para sub-12, no Jamor,com base metodológica defenida neste programa. A este estágio já vinham atletas provenientes da Madeira e Açores que logo em Fevereiro tinha tido o seu estágio regional.
Pedro Bívar, Coordenador Nacional do PNDT, viu 14 novas esperanças do ténis infantil e assistiu a uma enorme afluência ( mais de cem ) de crianças que participavam no programa regional de Lisboa.
O plano apoiaria igualmente a ida a torneios internacionais da selecção de sub-12 e a reuniões com outros países como foi o caso de Espanha. Ao que parece, o plano estava a correr bem e no final de Agosto, a FPT publica a seguinte noticia:

30/8/2006 Programa Nacional de Detecção de Talentos
Uma aposta que já dá frutos com Patrícia Martins e Miguel Almeida

Pedro Bívar é o Coordenador Nacional do projecto lançado por Paulo Lucas

A Federação Portuguesa de Ténis (FPT) está a apostar no forte desenvolvimento do Ténis em Portugal através da formação de novos jogadores. Em marcha está um projecto que ainda não tem um ano (nasceu em Novembro de 2005) mas que já dá frutos: O PNDT – Programa Nacional de Detecção de Talentos. Exemplos são os jovens Patrícia Martins, de 12 anos, e Miguel Almeida, de 14.
A ideia surgiu do Director Técnico Nacional, Paulo Lucas, que “desafiou” para Coordenador Nacional Pedro Bívar, que entre 1991 e 2000 esteve dedicado às Selecções Nacionais como técnico da federação.
«Fui desafiado pelo Paulo Lucas e apesar de na altura estar com a vida dificultada pelo trabalho que desenvolvia em vários clubes, acreditei no projecto, percebi que estava muito bem feito e aceitei. Sempre me interessei pela formação e defendo que Portugal tem de trabalhar no desenvolvimento do ténis desde os escalões mais jovens, à semelhança dos outros países. Só a cerca de 10 anos é que começámos a perceber a importância do ténis juvenil e agora temos de acelerar para colmatar a diferença que existe face a praticantes de outros países», afirma.
«O projecto não pressupõe somente a descoberta dos atletas em fase embrionária com maior potencial, mas também deve intervir de forma activa no seu processo de formação, balizando o trabalho dos Clubes e dos treinadores e sujeitando o apoio da FPT a rigorosos critérios de qualidade. O Programa, original e inédito em Portugal é já ensaiado e posto em prática em muitos países tenisticamente desenvolvidos desde há muitos anos e com provas dadas. Pretende-se também criar uma espécie de “Modelo de Jogador Nacional”. Os nossos tenistas nunca tiveram um estilo de jogo próprio, e com este programa é possível criar esse estilo, a marca.»
O PNDT está dividido em 5 Zonas geográficas - Zona Norte (Associações Regionais de Vila Real, Porto, Viseu, Aveiro e Coimbra); Zona Centro (Lisboa, Leiria e Castelo Branco); Zona Sul (Setúbal, Alto Alentejo e Algarve); Madeira e Açores – e cada zona tem 1 Coordenador, cuja principal função é a de rastrear todos os atletas, masculinos e femininos (o PNDT tem uma concepção mista), que sejam considerados com potencial numa 1ª fase pelos clubes e Associações Regionais da sua Zona.
DOIS JOVENS COM FUTURO DE SONHO
Patrícia Martins tem 12 anos e em apenas 15 dias conquistou os títulos de Campeã Nacional de Iniciados e Infantis. Venceu dois torneios internacionais, em Itália e nos Açores e foi à final de uma prova em França. Já Miguel Almeida, 14 anos feitos recentemente, é Campeão de Infantis e Cadetes e actualmente está a lutar pelo título de Juniores no Campeonato que decorre na Quinta da Marinha.
São dois jovens formados já no âmbito do PNDT e que provam a mais valia do investimento feito. Para eles o sonho é a profissionalização mas por enquanto as maiores dificuldades são compatibilizar os estudos com as 3 horas e meia de treinos diários, apesar de serem excelentes alunos.
Gonçalo Marques, treinador de Miguel Almeida e director técnico da Associação do Alto Alentejo afirma: «É muito estimulante, um desafio bem diferente porque estamos a trabalhar com jogadores acima da média muito vocacionados e entusiasmados por este desporto e com muito talento. Sei do que estou a falar porque já fui jogador e entretanto estive nos Estados Unidos onde fiz um curso de Gestão Desportiva. Agora aplico os conhecimentos a realidades diferentes.»

No passado fim-de-semana, reunião magna do Programa, com a realização do Estágio Final no Jamor e que até contou com a participação do conhecido Van Griechen, treinador da precoce campeã Vitoria Azarenka. 24 tenistas, 4 treinadores, muitos treinos e muitos jogos e tudo vai bem no reino.
Ou não???
Ao que conta o Manuel Perez, do jornal "O Jogo", a relação entre Paulo Lucas ( Director Técnico Nacional) e Pedro Bívar ( coordenador do PNDT ) andava pelas ruas da amargura. Pedro Bívar tentou apresentar um novo projecto de interligação entre as várias selecções nacionais para que o nosso país possa ter, em qualquer momento, os melhores atletas nos escalões onde devem estar e Paulo Lucas não gostou do que ouviu e mandou retirar o assunto da mesa.
Foi a gota de água.
Ontem mesmo, Pedro Bívar apresentou o seu pedido de demissão de Coordenador do PNDT e a criança, que tão boa conta de si vinha dando, que aparentava já querer andar, fica orfã de um momento para o outro. O programa não deverá parar, ninguém é insubstítuivel mas parece-me incrível como estas coisas sempre acontecem em Portugal.

Num pequeno aparte, pergunto eu:
Não terão que ser projectos privados de alto-rendimento como a LagosTeam ou projectos de clubes com estruturas aparentemente coesas ( AceTeam, CETO, CIF ou CTFaro) a serem o motor da prospecção, iniciação e acompanhamento dos nossos novos talentos?
Não seria melhor classificar os clubes e/ou associações pelo trabalho apresentado e compensá-las finaceiramente por isso, gerindo com mais rigor os dinheiros públicos?
A ideia de tornar centralizada a questão da detecção de novos talentos não será cortar as pernas aos muitos empreendedores que, nos clubes, grandes e pequenos, lutam diariamente para apresentarem novas promessas?
Era bom que alguém apresentasse os apoios que a FPT já deu a Patricia Martins ou a Miguel Almeida ( cito estes dois pois foram bandeira do próprio programa) para todos podermos perceber se estas duas promessas do nosso ténis têm tido o apoio que os resultados que apresentam mereceriam.
Antes de sabermos se sim ou não, dificilmente podemos acreditar em programas, planos ou intenções da Federação tendo em vista elevar o nível do nosso ténis, em Portugal e na representação do nosso país por esse mundo fora.
Para reflexão de todos nós.
PS: Alguém me pergunta porque razão temos em Portugal cada vez menos torneios pontuáveis para os diversos rankings mundiais. Alguém quer responder?

11ª Gala Anual de Desporto

Confederação do Desporto de Portugal (CDP) irá promover no próximo dia 16 de Novembro, no Casino do Estoril, a 11ª GALA ANUAL DE DESPORTO, na qual irão ser entregues os prémios desportistas do Ano.

Entre outros estão lá os tenistas Gastão Elias, Neuza Silva e Frederico Gil e o treinador João Cunha e Silva.

Podem e devem dar lá um saltinho e votar.

Aqui fica o link: http://www.cdp.pt/content/view/1704/236/

17 de outubro de 2006

Martim Trueva: O orgulho da Madeira


Martim Trueva nasceu no Funchal a 19 de Setembro de 1991 ( 15 anos ) e é o nosso melhor representante no ranking de sub-16 europeu, na 57ª posição.
Levado pela familia, adepta fervorosa do ténis, Martim Trueva cedo começou a mexer numa raquete, acompanhado pelo seu treinador de sempre, Jorge Gonçalves.
Com 12 anos consegue o seu 1º grande resultado internacional no Junior Orange Bowl de 2003, caíndo nos 1/4 contra o vencedor do torneio, o ucraniano L. Kukhalashvili. Repete o feito em Abril de 2004, na Maia, perdendo para o seu grande amigo Gastão Elias. Com ele vai a Vichy ser igualmente quarto-finalista em Pares do Campeonato Europeu de sub-14. Atinge o 11º lugar do ranking europeu de sub-14.
2005 é o ano da afirmação do madeirense. Logo em Janeiro consegue atingir a semi-final de um dos mais prestigiados torneios juvenis da Europa, o Petits As, onde perde com o futuro vencedor, o norte-americano C. Buchanan.
Março é o seu mês, com duas vitórias, em pares e singulares na Maia( C1) e uma final nos Açores (C2). Em Setembro vence o seus primeiros torneios internacionais de sub-16, na Madeira, em singulares e em Pares. Em Outubro é semi-finalista do Masters de Juniores Europeu, na Itália, perdendo para o campeão A. Kuznetov em 3 sets. Atinge o 2º lugar no ranking europeu de sub-14.
Martim já era, por esta altura, campeão nacional de sub-14 e semi-finalista de sub-16.
Em 2006, Martim regista uma quebra na série de bons resultados que demonstrou no ano anterior, optando por ir em Março a um torneio future em Portugal, onde perde com Hugo Anão na qualificação e agarra um WC para o Estoril Open, onde perde na 2ª ronda do qualifying.
Em Julho efectua o seu último torneio de sub-16 no estrangeiro, em França ( G1), onde é quarto-finalista perdendo para o eventual vencedor, o argentino G. Pella.
Em Agosto é 21º do ranking europeu de sub-16 e assume os torneios ITF Júnior, com óptimos resultados em Vila do Conde onde, vindo do qualifying, perde nos 1/4 com João Sousa e na Maia onde é semi-finalista em pares. Logo a seguir ganha em Pares o torneio de Porto Santo de sub-16 e é finalista em singulares mas já não vai à Madeira preferindo rumar a Espanha onde consegue a sua primeira grande vitória em Juniores, quando em Mijas, tendo como parceiro Vasco Pascoal, ganha a variante de pares deste G5.
Os pontos conquistados levam-no ao seu melhor lugar de sempre em júniores, ocupando a posição 844, que, basicamente ainda mantem.
Este ano, Martim Trueva alcança o título nacional de pares em Sub-16 e é vice-campeão em singulares.
Estranhamente, Martim não se encontra a participar nos futures nacionais de Outubro, onde poderia conseguir os seus primeiros pontos ATP, à semelhança de Pedro Sousa . Desconhecemos se está lesionado, estava inscrito para a Junior Nokia Cup ( G4 ITF Junior ) mas desistiu. Encontra-se inscrito no Tats Open, na Finlândia, a 31 de Outubro,à procura de um lugar na qualificação.
Esperamos que Martim regresse em força tendo em vista melhorar o seu ranking ITF dado que me parece que abandonou defenitivamente os torneios sub-16 europeus.
Foto : ( Jornal do Ténis / D.R. )

Rankings : Semana 42

Para esta semana, no ATP, Gil perdeu 7 lugares e é agora o 164º jogador mundial. O destaque vai para Gonçalo Nicau que subiu 9 lugares para alcançar a sua melhor posição de sempre ( 573º )
Na WTA, Frederica subiu 8 lugares e está em 203ª, Magali é 409ª( perdeu 2 ) e Neuza 500ª( caiu 11 posições).
Em Juniores, Pedro Sousa mantem o 19º lugar e Gastão é 55º. Em Femeninos, Michelle é 189ª, Maria Guerreiro 504ª e Maria João Koehler 696ª.
Para a semana, algumas entradas novas para os portugueses, com as prestações em Braga e em Albufeira. Frederica também vai minorar a sua queda, com a final de Saltillo. Nicau também deverá subir, bem como Gastão e Hugo Anão, que reentra no ranking ATP.

Resumo da Semana 41

A partir desta semana passaremos a compilar os resultados pontuáveis dos tenistas portugueses em torneios internacionais realizados nas semana anterior, em todos os escalões etários.

Assim sendo:

Em Medellin $25.000
Frederico Gil venceu na 1ª ronda Juan Sebastian Cabal ( 6/4 e 6/1 ) e perdeu na 2ª ronda com B. Echagaray por 7/5;2/6 e 3/6. 5 pts.
Em Saltillo $25.000
Frederica Piedade venceu na 1ª ronda a local C. Mielgo Herrera ( 6/1 e 6/0 ), na 2ª a argentina M.Irigoyen ( 6/0 e 6/3 ), nos 1/4 a brasileira J. Widjaja por 6/3 e 6/2 e na meia final a canadiensa Marie-Eve Pelletier por 6/4 e 6/1. Na final Frederica perdeu com J.Cravero por 2/6 e 2/6. 17 pts.
Em Albufeira $10.000
Gastão Elias perdeu nos 1/8 com I. Sergeyev por 3/6 e 6/7.1 pts.
Pedro Sousa perdeu nos 1/8 com G. Zemlja por 6/2, 6/7 e 1/6. 1 pts.
Gonçalo Nicau perdeu nos 1/8 com M. Phillips por 1/6 e 4/6. 1 pts.
Hugo Anão perdeu nos 1/4 com V. Skenderovic por 4/6 e 3/6. 2 pts.
Em Braga $10.000
Kátia Rodrigues perdeu nos 1/8 com A. Salas-Lozano por 4/6 e 1/6. 1 pts.
Natalie Gunthard perdeu nos 1/8 com F.Hermenegildo por 3/6 e 1/6. 1 pts.
Catarina Ferreira perdeu nos 1/4 com A. Salas-Lozano por 2/6 e 4/6. 1,5 pts.
Ana Catarina Nogueira perdeu na 1/2 com E. Cospostizo de Andres por 2/6 e 4/6. 2 pts.


16 de outubro de 2006

Patricia Martins : Quem trava esta rapariga?



Patricia Martins nasceu a 28 de Junho de 1994 ( 12 anos ) e já possui um record no nosso ténis. Foi a única jogadora a conseguir ser campeã nacional em duas categorias diferentes ( sub-12 e sub-14) no mesmo ano ( 2006 ), e nas duas variantes, singulares e pares. Com um WC ainda teve tempo para ir ao nacional de sub-16 ( ! ), passar a 1ª ronda( ganhando "somente" a Teresa Araújo, CS nº2 por 6/1 , 3/6 e 6/1) e obrigar a finalista Filipa Correia a 3 sets...
Ganhar é, de facto, o verbo que Patricia melhor conhece, tal a superioridade que demonstra, não só em Portugal mas também além fronteiras, com resultados muito animadores em torneios para atletas bem mais velhas.
A atleta da Ace Team não tem tido problemas em participar em torneios nacionais de sub-16, apesar de que os seus melhores resultados ainda são, obviamente, na categoria de sub-12, onde pontificam vitórias em torneios internacionais nos Açores e em Itália, e uma final em França.
Em sub-14, venceu o torneio de Pescara em Pares e na mesma variante foi semifinalista nos Açores. Está à beira do Top 100 em sub-14 ( 102ª ) e à sua frente só estão três jogadoras mais novas.
Apesar dos 12 anos já possui ranking sub-16, onde é 645ª. Patricia faz parte do programa de Detecção de Novos Talentos da FPT e espera-se que tal programa seja, de facto, a ante-câmara para a realização profissional e pessoal desta pequena grande atleta.
Foto: ( Ace Team/ D.R.)

Miguel Almeida : Do Piano à Raquete


Miguel Almeida nasceu a 29 de Junho de 1992 ( 14 anos ) sendo um coleccionador de vitórias, não só em Portugal mas também em torneios internacionais. Com um ranking composto muito interessante ( é 29º em Sub-14 e 60º em sub-16 , aqui só batido por Trueva), Miguel Almeida caminha a passos largos para uma interessante carreira tenística. Fervoroso adepto do Piano, Miguel Almeida não tem rivais por cá na sua idade e já se vai batendo com os sub-18. Internacionalmente, já foi nº2 a no ranking sub-14 europeu, posição que só não manteve ( subir seria dificil devido ao nuestro hermano Carlos Boluda) porque decidiu competir no escalão superior.
Com 12 anos e meio, visita a Florida para 2 torneios onde consegue "só" vencer a final de consolação do Junior Orange Bowl para sub-12 e ser semifinalista da Prince Cup. Em Julho de 2005 consegue a sua 1ª vitória Internacional, em pares é certo mas é uma vitória, num torneio C2 da Austria. Na semana anterior tinha estado na Alemanha perdendo somente na final no MLTC Open.
Em Setembro perde duas finais na Madeira, em singulares e uma em pares, para Trueva.
2006 é o ano onde Miguel Almeida mais brilha, com vitórias em vários torneios de sub-16, nomeadamente na Madeira onde vence os dois torneios que tinha perdido para Trueva em 2005, e nas duas variantes.
Miguel Almeida é o mais novo dos 100 primeiros do ranking Sub-16 europeu. É campeão Nacional de sub-14, singulares e Pares, e de Sub-16 em singulares e já nos deu uma pequena alegria num torneio ITF Júnior, em Agosto, quando na Taça Diogo Nápoles, venceu um espanhol de 17 anos ( que deve ter pensado quem era o puto do outro lado da rede... ) na 1ª ronda e só perdeu para o eslovaco Puc ( Top 300 do ranking ) num tie-break renhido. Os quartos de final atingidos em Pares serviram para os seus primeiros pontos ITF, ocupando a posição 1668 do ranking mundial de júniores.
Vai estar igualmente em sub-16 no EddieHerr International, no final de Novembro.
Dos mais novos, será dele que se esperam os melhores resultados no futuro.
Foto : ( F.P.T. / D.R.)

Pedro Sousa : Quem sai ao seus


Pedro Sousa nasceu em Lisboa a 27 de Maio de 1988 ( 18 anos) e tornou-se recentemente a nova aposta portuguesa na Taça Davis, quando jogou o 5º jogo no duelo com Marrocos.
Desde sempre acompanhado de seu pai, ele também jogador de ténis ATP noutros tempos, Pedro é, com Rui Machado, uma das apostas de João Lagos, no seu novo projecto no ténis nacional. Com a decisão de se tornar profissional, será importante relembrar os primeiros passos de um tenista que já jogou em Wimbledon, Roland Garros e Flushing Meadows.
Como muitos, Pedro entra em torneios pontuáveis para o ITF Juniores em Leiria, Agosto de 2003, onde, apesar de vencer os 3 jogos do qualifying, perde na 1ª ronda. Vai à Madeira ser semifinalista de um torneio de sub-18 para já em 2004 conseguir os seus primeiros bons resultados com 5 vitórias consecutivas na Taça Diogo Nápoles, em Agosto, onde é quarto-finalista tal como em Espanha, no 2º Open de Obralia.
Ainda com 16 anos, assume por completo os torneios júniores e começa bem o ano, sendo semifinalista na Bolívia, num G2 e conseguindo a sua 1ª vitória no G3 Torneio SFAX, na Tunísia. Logo a seguir é finalista num G3 em Espanha e semifinalista num G2 em Marrocos. Consegue chegar ao 27º lugar do ranking ITF Júnior e augura-se, desde logo, uma promissora campanha em 2006.
Em Janeiro passado faz todos os grandes circuitos sul americanos, com excepcionais resultados, com 11 vitórias em 15 jogos, para em Abril vencer o seu 2º torneio, em França, onde só perde um set.
Merecidamente, João Lagos convida o jovem jogador para o qualifying do Estoril Open. Faz uma gracinha, vencendo um espanhol na 1ª ronda mas perde na 2ª contra o italiano Fognini.
Em Junho assina a sua mais brilhante prestação tenística até ao momento, quando, em Roland Garros, vence a coqueluche americana Donald Young ( actual nº 8 do ITF Junior)nos 16 avos de final para perder nos quartos de final com o eslovaco Klizan ( actual nº2 do mesmo ranking). A euforia é travada em Wimbledon, onde perde na 2ª ronda mas logo a seguir retomada com uma brilhante vitória na Austria num G1, com seis vitórias e apenas um set perdido ( e este num tie-break).
Em Setembro, o USOpen é uma desilusão mas a convocatória para a Taça Davis e correspondente carecada levam Pedro Sousa a assumir os torneios pontuáveis para o ranking ATP.
A 1ª experiência na passada semana, no Algarve, correu bem, e a passagem à 2ª ronda levará Pedro Sousa a ver o seu nome no ranking mundial. Com os WC dos torneios açorianos, as hipóteses para Pedro Sousa aumentar o seu pecúlio são muitas, pelo que será de esperar uma boa prestação do 19º melhor júnior do mundo.
Com expectativa será igualmente de seguir a prestação do luso no G1 EddieHerr International, no final do mês de Novembro, nos Estados Unidos, onde Pedro fará parte de uma verdadeira armada lusa, com Michelle, Gastão,Miguel Almeida, Martim Trueva, entre outros.
Foto: ( Jornal do Ténis / D.R.)