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7 de outubro de 2006

Frederica Piedade : a esperança no femenino


Frederica Piedade nasceu em Faro a 05 de Junho de 1982 ( 24 anos ) e tornou-se mais conhecida para o grande público no início de Fevereiro quando, após ter atingido a 2ª ronda da qualificação do Open da Australia, entrou nas melhoras 150 jogadoras do ranking WTA, relegando a mítica Sofia Prazeres para a 2ª posição de sempre de uma tenista portuguesa no ranking mundial.
Mas a História de Frederica começou muito mais cedo.
A carreira de Frederica nos júniores começou já lá vão dez anos quando a 16 de Julho de 1996 chegou aos quartos de final da Taça Diogo Nápoles. Com apenas 14 anos, Frederica saboreava as suas primeiras vitórias no circuito júnior mundial.
A sua estreia no circuito sénior aconteceria em Dezembro de 1997, num $10.000 em Espinho.
Enquanto Júnior, nunca venceu qualquer torneio internacional e o melhor que conseguiu foi uma final na Taça Diogo Nápoles de 1999. A sua melhor posição encontrou-a a 03 de Janeiro de 2000, no lugar 146.
No circuito profissional, o Open do Estoril marcou e marcará sempre a carreira da Frederica. Os seus primeiros pontos consegui-os na qualificação do torneio português, depois de derrotar a romena Raluca Sandu ( na altura nº 162 mas Top 100 em 1999 ) na 1ª eliminatória da qualificação. Esses dois pontinhos serviram para que a Frederica apresentasse no ranking a posição 713 quando chegou ao Porto em Maio, para o 2º maior torneio em Portugal, na época de $75000. Não pontuou e os pontos seguintes só chegariam de novo no Estoril, em 2001.
Até a Agosto de 2002, os resultados internacionais da Frederica foram pobres e apenas a levaram até ao Top 500. Com 20 anos já feitos Frederica inicia o 2º semestre de 2002 com 3 finais consecutivas em torneios de $10000, perdendo os dois primeiros para a Italiana Alberta Brianti mas vencendo o 3º em Mollerusa, derrotando a suiça Tricerri e arrecadando o seu primeiro troféu internacional. Termina o ano já dentro das 400 melhores jogadoras mundiais.
Em 2003, vai ao Egipto para 3 torneios consecutivos, vencendo um deles, perdendo os outros na final e semi final. Apresenta-se no Estoril com o lugar 330. Perde na 1ª ronda e volta a Espanha onde vence mais um torneio, vence igualmente em Montemor e vai ao Brasil conquistar o seu 1º torneio de $25000. Os29 pontos da vitória elevam Frederica ao Top 300.
Em 2004 não vem ao Estoril Open e só aparece no Top 300 outra vez quando é finalista no México, em Abril de 2004. Em Outubro aproxima-se do Top 200, depois de vencer um torneio de $25000 no México, facto que só acontece a 10 de Abril de 2005, onde é 8ª CS num torneio mexicano com o lugar 196.
É fácil de perceber a dificuldade que Frederica teve durante 3 anos e meio para chegar a este ponto. Na actualidade, estatisticas mostram que 54% dos jogadores que chegam ao Top 10 do ranking de júniores tem condições para atingir o Top 100 de séniores. Frederica nunca foi uma jogadora que, enquanto júnior, despertasse atenções. Subiu no ranking à custa de muitos torneios jogados, de muitos qualifyings em terras distantes, com vitórias muito esporádicas mas ainda assim que lhe possibilitaram estar onde está hoje. Frederica já jogou mais de 350 jogos no circuito mundial enquanto sénior e possui uma experiência como poucas tenistas irão conseguir atingir em Portugal nos próximos anos.
Em Julho de 2005, Frederica entra nos ouvidos da elite tenística quando ultrapassa duas rondas do qualifying de Wimbledon, que a leva de novo até às portas do Top 200.
Outubro é o seu melhor mês de sempre, consegue mais de 50 pontos em terras mexicanas ( está lá por estes dias a defendê-los e a defender um lugar nas 200 melhores) e chega ao Open da Australia de 2006 para entrar no Top 150, destronando Sofia Prazeres do top na hierarquia nacional.
É no Líbano, em Maio deste ano, que consegue os pontos que lhe permitiram chegar ao lugar 142, o lugar mais alto alguma vez ocupado por uma tenista nacional. Vai a Wimbledon defender, com sucesso, os 25 pontos de 2005 e depois, o descalabro.
Nove derrotas em dez partidas ameaçam o ranking de Frederica que irá necessitar do seu melhor jogo se quiser chegar ao fim do ano dentro do Top 200.
Frederica treina habitualmente na Argentina e tem particular apetência pelos torneios do Centro e do Sul da América. Será igualmente por lá que terá que apresentar o seu melhor ténis durante as próximas semanas. A partir de 2ª feira estará em Saltillo, onde, como 2ª CS, irá, por certo, mostrar a garra que lhe tem faltado ultimamente.
O post que se segue abordará os nossos segundos planos, nomeadamente Gonçalo Nicau, Rui Machado, Magali De Lattre e Neuza Silva.
( Foto : Jornal do Ténis / D.R.)

4 comentários:

  1. Epa, um gajo consegue mais ou menos saber tudo isto vendo o perfil da rapariga no site do wtatour.
    O que se pede de um blog é opinião paralela, fora do mainstream, subjectividade analítica, algo que faça a diferença.
    És um esforçado, barata, tens é de ser mais inspirado.

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  2. Miguel:
    Um blog é como o destino, cada um faz dele o que bem entende. O que se pede num blog não é nem nunca será o que os outros esperam dele. A minha opinião, resultante ou não de coligir informações dispersas de outras fontes de informação, é minha e o estado democrático ( ! ) em que vivemos permite-me a mim, a ti e a todos expressar opiniões sem o risco de sermos pontuados pelo que fazemos.
    Aceito a critica mas não me irei desviar do meu objectivo.
    Obrigado.

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  3. concordo com o hortalica, nao contes ás pessoas o que elas ja sabem! se é para isso arruma po lado!

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  4. Já agora que a horticultura é mencionada, gostava que o distinto blogger também fizesse menção ao piedoso Miguel Horta -- o primeiro progenitor/treinador c'ouve.

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