Gastão Elias está sem competir desde Julho e espera voltar à actividade em Fevereiro. Durante este longo período, vivido primeiro nos Estados Unidos, depois no Brasil e, há três semanas, em Portugal, nunca perdeu a esperança. Aliás, para aquele que desde cedo foi apontado como um dos maiores talentos do ténis português, o pior já passou. "Estar tanto tempo sem jogar foi chato, mas comecei a treinar há quase uma semana, durante uma hora por cada sessão, e, agora, estou cheio de vontade para jogar o resto da minha vida", confessou, a O JOGO, o jovem (19 anos) de Casal Novo (Lourinhã), ligado à IMG/Bollettieri desde 2007.
Na origem da inactividade de Gastão Elias está um problema na coluna. Mas antes de ficar a saber que padece de uma grande descompressão nessa zona do corpo, foi-lhe descoberta uma bolha dentro do osso da costela atrás da escápula e chegou a ser confrontado com a existência de um tumor ósseo. Só depois de observado em Portugal ficou mais tranquilo. Os exames afastaram a hipótese da existência do tal tumor e foi-lhe indicado um tratamento específico, numa clínica de Lisboa, onde se sujeita a reeducação postural global, alongamentos e fisioterapia. Quando, na semana passada, regressou aos courts, nas instalações do CIF, no Restelo, treinou sem sentir dores, a não ser quando é obrigado a forçar a execução do golpe de serviço.
E será por cá que irá efectuar a pré-época, contando, já na próxima semana, com o apoio do seu treinador, o brasileiro Rodrigo Nascimento. Com este esteve três meses a descansar em S. Paulo e por aí recorreu aos serviços de um antigo preparador-físico do Palmeiras e actual membro da equipa de Thomaz Bellucci (número um brasileiro e 33º ATP), bem como de um fisioterapeuta ainda ligado ao "Verdão".
Gastão continuará a efectuar tratamento, em Lisboa, durante os próximos tempos, e se a recuperação continuar a evoluir positivamente tem agendado para Fevereiro o regresso à competição.
"Aquilo que mais me custou durante estes últimos meses foi não poder pegar na raqueta. Isso revelou-se muito duro em termos mentais. Agora que as coisas estão a melhorar, se pudesse jogava sete horas por dia", desabafa o ex-campeão nacional de sub-12, 14 e 16, número seis do ranking mundial de juniores, no início de 2008, pouco depois de ter conquistado o Prémio Gillette Future Champion, destinado ao melhor jovem desportista português.
IN: O Jogo
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