Tivémos o prazer de assistir, no passado sábado, às finais do Campeonato Nacional Absoluto.
Pela primeira vez, quem quis, pode saber, on-line e em tempo real a marcha dos marcadores das finais de singulares e da final de pares masculinos, oferta nossa à comunidade tenistica nacional.
Dois ou três considerandos sobre o Nacional.
O CT Estoril, que não conhecíamos, tem, de facto, condições ímpares para o desemvolvimento da modalidade. Um edificio de apoio onde está tudo, um local sobranceiro a quase todo o complexo, excelente organização, localização central, pessoal muito simpático e prestável.
A organização, a cargo da FPT, deixou, no entanto, muito a desejar.
Por um lado, não existia informação sobre os tenistas que estavam a jogar as finais, algo de estranho pois até na Golegã, um mero torneio de 2000 Euros, existem uns cavaletes e umas folhas com os nomes. Um Nacional Absoluto mereceria, no minimo, isto, não sendo nada de mais um marcador com a evolução dos resultados.
Depois, o próprio site da FPT , só nos dias finais, se dispôs a informar, com antecedência, os resultados das partidas, sendo que , nos dias iniciais, os resultados só chegavam mesmo no final do dia. Isto para um nacional não é muito admissível.
Nos jogos em si, a final masculina só teve um sentido.
Rui Machado estará, de facto, muito acima da concorrência, cheio de confiança, muito concentrado.
Leonardo Tavares até nem jogou mal, com algumas trocas de bolas que entusiasmaram o pouco público presente, mas o algarvio está a jogar " com tudo" e todos suspiravam pela falta de Gil, que teria dado, por certo, uma grande final.
Nas meninas, ganhou a consistência de Neuza, sempre muito segura no fundo do court, uma boa técnica e uma táctica irreprensível, levaram de vencida a Frederica, que terá, de facto, um jogo mais espectacular, de ataque, mas que as bolas teimam em não entrar no court ou a ficarem pela rede.
Nos pares masculinos, descobrimos um excelente jogador de pares: Gonçalo Falcão que com o seu colega de treino Nuno Páscoa, formaram uma dupla muito interessante, frente a José Ferreira e José Ricardo Nunes que pouco puderam fazer contra a dupla da linha.
Para o Gonçalo Falcão, talvez fosse o momento de olhar para os pares de maneira diferente. De facto, tanto nas movimentações como no finalizar dos pontos, o jovem de Carcavelos esteve em grande, levando ao desespero a dupla algarvia, sem argumentos face à velocidade que a dupla de João Cunha e Silva sempre colocou no jogo.
Na final de pares feminino, só vimos a parte final mas deu para observar que a dupla mais forte venceu, sendo que a Ana Catarina Nogueira continua a ser , apesar do seu part-time, uma das mais completas tenistas nacionais e que, após ter saído de Espinho, merecerá por parte dos grandes clubes nacionais, uma corrida aos seus serviços, ela que recebeu e muito merecidamente, o prémio Fair-Play do Nacional Absoluto.
Agradeço ainda as palavras de incentivo de muitos dos nomes que fazem o ténis português, em relação a este projecto e a possibilidade que nos deram de trocar algumas impressões sobre o presente e o futuro do ténis nacional.
A todos, o meu obrigado e até para o ano.