Parabéns ao velhote....

15 de Janeiro de 1993, Cascais.

Ronda inaugural da qualificação para o 2º torneio satélite de Cascais, a contar para o ranking ATP.

Num dos courts secundários, estavam em campo o norte-americano Chris Munnerlyn e um puto português de 14 anos, nascido em Leiria e que dava pelo nome de André Lopes.

O norte-americano, dez anos mais velho, não teve dificuldade em vencer por um duplo 6/2.

Começava aqui uma carreira de nove anos consecutivos a participar em torneios internacionais por parte de um dos mais carismáticos e respeitados jogadores do circuito nacional, ainda que agora reparta essas funções pela de treinador.

Aliás, neste campo, o André foi o centro de uma das mais inesperadas transferências de 2007 quando se mudou, de armas e bagagens, de Espinho para Sassoeiros, onde acompanha a equipa feminina de Paulo Lucas, onde pontifica,obviamente,Neuza Silva.

Em 1995, participava, pela 1ª vez , no Estoril Open, tendo levado uma " coça" do grande Felix Mantilla na 1ª ronda, 1/6 e 1/6.

Foi a primeira das cinco vezes que participou no EO, tendo sido também um dos componentes equipa portuguesa da Taça Davis.

1995 foi aliás um ano engraçado, pois na excelente carreira em júniores do André, cometeu a " proeza" de, no périplo de inicio do ano pela América do Sul, em sete torneios, perdeu quatro vezes na 3ª ronda com o mesmo jogador , de seu nome Mariano Puerta... esse mesmo, o argentino que defronta amanhã Rui Machado no Challenger de Sofia.

A sua carreira em júniores terminou em "grande", com duas derrotas na Taça Diogo Nápoles e em Leiria, frente a um dos ídolos do André: Juan Carlos Ferrero, com quem, aliás, conquistou na cidade do Lis, o seu último título de pares.

Em 2002 desligou-se das competições internacionais mas manteve-se, com alguma regularidade, a competir nos torneios nacionais, sempre muito regular, o que se comprova pela presença no Masters Nacional de 2007.

Já o vimos este ano em Cantanhede e está para as curvas, muito à custa daquela esquerda que sempre o caracterizou.

É visto e respeitado por todos, mantém cargo de seleccionador nas camadas jovens, por indicação da FPT e , o mais importante, faz este domingo 30 anos.

Faz da simpatia e disponibilidade profissonal uma das suas melhores qualidades e, nem que fosse só por isso, mereceria sempre da nossa parte este relevo.

Parabéns André e que contes muitos.