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23 de fevereiro de 2008

Ainda os torneios nacionais de Nível C

Já por diversas tem sido aqui referido por muitos dos nossos amigos a necessidade imperiosa de se refazer o sistema de pontuação dos torneios de nível C, séniores, dado que, no cômputo geral, obrigam a um desfazamento muito grande entre estes e os de nível superior.
Por outro lado, este tipo de competições ocupam a grande fatia do calendário nacional sem que o esforço dos atletas seja, de igual forma, compensado.
Em tempos, o nosso amigo Amadeu Fernandes da AAUTAD nos deixou aqui a solicitação que tinha feito em 2006 ( ...) à FPT para que esse mesmo sistema fosse revisto, pedido esse que não foi atendido.
Ao que parece, a próxima assembleia geral da FPT terá este assunto em cima da mesa, pelo que será importante recordar a proposta feita pelos transmontanos que, aliás, se mantem perfeitamente actual.
A Secção de Ténis da Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD), vem por este meio expor a sua posição relativamente às provas séniores nível C (in Regulamento Geral de Provas da Federação Portuguesa de Ténis, datado de Dezembro de 2006)
Considerando que:
I - Os torneios de nível C constituem 83% das provas do Calendário Oficial da FPT para o escalão sénior masculino;
II - Existe uma diferença de 233% em pontos entre o vencedor de um torneio C e um torneio B1 (15 para 50);
III - A segunda maior diferença entre os vencedores de 2 torneios de categorias consecutivas diferentes é de 43% (B2 – B3);
IV - Existem 4 pontos de diferença entre a eliminação na primeira ronda e 3 vitórias num torneio C;
A AAUTAD entende que a FPT não atribui a importância devida aos torneios de nível C, nem aos atletas que neles participam e apela a uma distribuição mais equilibrada da pontuação dos torneios que compõem o Calendário de Provas.
A AAUTAD reitera a importância de haver uma diferenciação entre os torneios com prémios monetários e os torneios de nível C, mas considera que essa diferenciação não deve ser de mais de 100% (e muito menos, os 200% actuais),correndo o risco de invalidar o esforço dos atletas envolvidos nestas provas e de levar a uma desmotivação geral à participação nas mesmas.
A AAUTAD toma a liberdade de considerar 30 pontos como um valor aceitável para atribuição à vitória num torneio de nível C.
Em alternativa, a AAUTAD propõe a alteração da fórmula de atribuição da pontuação das diferentes categorias de torneios, adoptando uma atribuição linear em lugar da actual fórmula matemática polinomial.
Pela Secção de Ténis da AAUTAD,
Amadeu Fernandes.
Fica aberta, mais uma vez, a discussão, que se espera que se mantenha calma, serena e em bom tom.

5 comentários:

  1. Face à generalizada insatisfação que a actual pontuação tem provocado na maioria dos jogadores que participam em torneios "C", considero pertinente e meritório o facto da AAUTAD voltar a insistir no assunto. Contudo, entendo que apesar de aqui no blog os transmontanos procurarem divulgar a sua (nossa)posição e recolher mais apoio, deverão sim, delegar na respectiva associação a colocação do assunto perante a FPT e se possível que aquela Associação ausculte as suas congéneres sobre o assunto, de forma a agirem em sintonia è sabido que situações desta natureza apenas são discutidas pela FPT, quando veiculadas pelos canais apropriados.

    JPA

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  2. Creio que este voltar ao assunto é mais do que justificado - é das mudanças urgentes que é preciso tomar...estes torneios C movimentam e motivam muita gente para a prática do ténis e devem ser bem alimentados com pontos que se vejam para se manter a competitividad e motivação.

    è mesmo uma mudança urgente que tem e que deve ser feita.

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  3. Também me parece que este é um tema um tanto ou quanto esquecido mas muito importante.
    São os torneios de nível C que movimentam mais gente, sendo também aqueles que se adequam à disponibilidade da maiora dos seniores (jogadores enre os 18 e os 35 anos, logo com uma disponibidade tipo fácil de caracterizar).
    É fundamental que o modelo competitivo seja bastante mais flexivel e dinâmico (por exemplo, torneios de nivel C com quadros maiores dão mais pontos, com jogadores mais bem rankeados tb, etc) de modo conseguir atrair e motivar muito mais jogadores, que existem.( Nomeadamente ex-bons jogadores que deixam de jogar por falta de disponibilidade para jogar prize-moneys e não jogam "C" por ser pouco atraentes).
    Podemos ter como modelo de comparação paises europeus desenvolvidos e bem organizados tenisticamente (França, Belgica, Luxemburgo e Alemanha, apenas para referir os que conheço melhor) e facilmente se verifica que o nosso tem grande margem de progressão.
    Tema muito pertinente e que deveria ser prioritário nas instâncias oficiais (Clubes, Associação de treinadores, de jogadores, associações regionais e FPT).

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  4. "(...) deverão sim, delegar na respectiva associação a colocação do assunto perante a FPT e se possível que aquela Associação ausculte as suas congéneres sobre o assunto(...)"

    Caro JPA,
    segundo as suas palavras, considera este assunto actual e pertinente, não é verdade???
    No entanto, a frase que retirei (aspas) da sua opinião já deveria ser um assunto do passado!!!
    Se, repito, se as AR e a FPT tivessem a humildade e a "capacidade" de atender a quem se propõe corrigir-lhes os erros, este problema já estaria resolvido!
    Mas não! Os tais "canais apropriados" não funcionam!
    Ou então (para ser gentil!) são de uma lentidão exasperante!
    É que pensar, é também ouvir com atenção!!!
    Mas "eles" ouvem... mal!
    A passividade e a inércia são características (entre outras!) destas entidades!
    E mais não digo!

    Com os mais respeitosos cumprimentos,
    Amadeu Fernandes
    Secção de Ténis da AAUTAD.

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  5. Caro Amadeu,
    Será que posso aferir de suas palavras de que a Associação a que o vosso clube pertence, colocou perante a FPT a vossa pretensão e também foi ignorada, ou o vosso representante não se deu ao trabalho de no timing certo apresentar a discordância do novo regulamento como creio que aconteceu com a maioria dos clubes?Caso a anterior dedução não corresponda à verdade, e que a Federação entenda que a vossa exposição sendo única (não sei se o foi) não seja significativa, então creio que o que há a fazer é convencê-la do contrário. Pergunta como? Eu respndo, fazendo "barulho" que se oiça e que se veja. O Adolfo por exemplo (não o conheço nem sei se por outro lado serve de exemplo), teve a notícia dos mails publicada no "O Jogo". Eu se não andasse aqui a passar o tempo, nunca teria sabido da vossa exposição.Ocorre-me agora, que por exemplo, caso não o tenham feito ainda poderiam enviar a todos os clubes e saber se a subscreveriam.
    Abraço,

    JPA

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