Já apurado para as meias finais do Masters deste ano, Hugo Anão é o protótipo do jogador da casa, sem nunca ter feito grandes resultados internacionais e treinando em regime de " auto didacta".
Ainda assim consegue manter um nível exibicional muito apreciável, esbajando talento por este país fora e dando excelentes exemplos aos mais novos que com ele privam.
Simpatia a rodos, não se inibe de falar da situação actual do ténis português, mantendo-se sempre equidistante das polémicas que, infelizmente, continuam a grassar neste país tenístico.
Sobre o actual momento do ténis português defende que todos os intervenientes neste desporto tem que trabalhar muito mais, dos jogadores aos dirigentes e não sobreviver à custa dos talentos individuais do Gil, da Michelle ou do Gastão.
Os nomes internacionais que mais o impressionam são o inevitável Federer e o francês Mathieu. De 2007 guarda como melhor recordação o título de campeão nacional de pares mas ainda lhe custa a lembrança da derrota nos quartos de final do nacional absoluto, frente a Pedro Sousa, depois de ter vencido o 1º set por 6/0 !!!
Para 2008, Hugo promete continuar a jogar pelo puro prazer de jogar, não descurando, obviamente a possibilidade de repetir a sua proeza deste ano, que foi de ganhar " só " os torneios das Caldas da Rainha, Águeda, Oeiras, Barreiro, Covilhã, Taça Geza Torok, Pombal e Golegã, perdendo apenas uma final , em Corroios, para Frederico Gil.
Em relação ao apoio federativo ao desporto que tanto gosta, acredita que o ténis, como outras modalidades, ainda paga o esforço financeiro feito para o Euro2004, que, reconhece, foram importantes mas que nunca pensou terem tais efeitos secundários.
Apoia incondicionalmente o PNDT mas vai avisando que o mesmo deve ser bem aproveitado pelos dirigentes, clubes e jogadores.
Deixa o Hugo um convite, ainda a tempo para hoje e amanhã,de gostar de ver as bancadas do Pavilhão dos Lombos em Carcavelos bem compostas , dado ser esse o melhor incentivo para os jogadores, e onde o público poderá comprovar que se joga ténis de muito bom nível em Portugal.
Uma nota mais, da minha parte: tivémos oportunidade de privar alguns minutos, largos, com o Hugo, por ocasião do Open da Golegã.
Achamos que o Hugo será um daqueles casos raros do desportista que leva o profissionalismo pela sua forma mais honesta, com a descrição máxima, incentivando os mais novos, criticando as más condutas sociais e desportivas mas sempre com o fito único de poder ver e jogar bom ténis.
O seu futuro passará pelo ensino do ténis, lá para os lados de Belas, num projecto familiar que dá agora os seus primeiros passos.
Acreditamos que nos próximos anos, o Hugo ainda dê muito que falar, sobretudo se souber deixar como legado a sua maneira de ser, para os miúdos que com ele privam e irão privar.
Só nos resta esperar que aparecam mais Hugos no ténis português.
Todos ficaríamos a ganhar.
Um verdadeio exemplo! Parabens Hugo!
ResponderEliminarainda o incentivava a fazer torneios quando jogava nas escolas do Manecas no SLB.. nunca queria... quando mudou para as Caldas da Rainha passou a treinar mais vezes e o gosto pela competição aumentou, ainda lá cheguei a ir treinar com ele no verão.. nunca mais lhe ganhei!
ResponderEliminaranão, cresce mais e aparece mais! mereces!
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