O artigo de Manuel Perez, hoje, no O Jogo.
Aos 82 anos da existência de prática oficial de ténis em Portugal, eis a maior conquista de sempre! Com a assinatura de Michelle Larcher de Brito, um nome português passa a figurar no panteão das maiores conquistas internacionais. A tenista nascida em Janeiro de 1993, em Lisboa, e radicada nos Estados Unidos (Florida), desde 2002, venceu ontem, em Key Biscayne, a ilha ao largo de Miami, aquele que é considerado como um autêntico campeonato mundial de juniores: o Orange Bowl.
Para além da vitória na final, por 7-5 e 6-3, Michelle interrompeu a série de 27 encontros seguidos sem conhecer a derrota de Melanie Oudin, a norte-americana que chegou a "assustar" a nossa menina-prodígio. Embalada pelo duplo 6-0 conseguido nas meias-finais, Oudin ganhou os três primeiros jogos da final e, pouco depois, esteve a comandar por 4-2. A partir daí verificou-se a sensacional reviravolta. "A partir do 5-4 encontrei finalmente o meu jogo e o meu ritmo", congratulava-se, antes de definir, numa simples frase - "Correu bem melhor e estive sempre por cima" -, aquilo que se passou num segundo set em que chegou aos 3-0 e 4-1, gerindo a partir daí a caminhada rumo ao título.
Naquele que, tal como já havia divulgado em O JOGO, constituiu o seu último torneio no escalão de Sub-18, Michelle recolheu um precioso tónico tendo em vista a forte aposta num circuito profissional em que já é a mais nova (14 anos) do top-300 (292ª) do ranking WTA Tour.
"Nunca sinto a pressão!"
Apesar da tenra idade, Michelle Larcher de Brito já revela uma impressionante maturidade. A comprová-lo está a forma como fez, para O JOGO, o rescaldo da final: "Não senti qualquer pressão. Nunca sinto pressão! Penso unicamente jogo a jogo e torneio a torneio. Se estivesse preocupada com a pressão, não seria capaz de jogar bem e se calhar esta é uma vantagem em relação às adversárias".
Para além da vitória na final, por 7-5 e 6-3, Michelle interrompeu a série de 27 encontros seguidos sem conhecer a derrota de Melanie Oudin, a norte-americana que chegou a "assustar" a nossa menina-prodígio. Embalada pelo duplo 6-0 conseguido nas meias-finais, Oudin ganhou os três primeiros jogos da final e, pouco depois, esteve a comandar por 4-2. A partir daí verificou-se a sensacional reviravolta. "A partir do 5-4 encontrei finalmente o meu jogo e o meu ritmo", congratulava-se, antes de definir, numa simples frase - "Correu bem melhor e estive sempre por cima" -, aquilo que se passou num segundo set em que chegou aos 3-0 e 4-1, gerindo a partir daí a caminhada rumo ao título.
Naquele que, tal como já havia divulgado em O JOGO, constituiu o seu último torneio no escalão de Sub-18, Michelle recolheu um precioso tónico tendo em vista a forte aposta num circuito profissional em que já é a mais nova (14 anos) do top-300 (292ª) do ranking WTA Tour.
"Nunca sinto a pressão!"
Apesar da tenra idade, Michelle Larcher de Brito já revela uma impressionante maturidade. A comprová-lo está a forma como fez, para O JOGO, o rescaldo da final: "Não senti qualquer pressão. Nunca sinto pressão! Penso unicamente jogo a jogo e torneio a torneio. Se estivesse preocupada com a pressão, não seria capaz de jogar bem e se calhar esta é uma vantagem em relação às adversárias".
As raquetas no armário e férias com a família
Foi entre sorrisos que Michelle confessou a O JOGO o que vai fazer após este triunfo: "Vou arrumar as raquetas no armário e não as quero ver nos próximos dias. Vou passar férias com a família, na nossa casa em Bradenton, e iremos um fim-de-semana a Nova Iorque para os meus avós poderem conhecer a cidade". Durante a semana do Orange Bowl e para além dos pais e dos dois irmãos, Michelle recebeu a visita dos avós maternos, vindos expressamente da África do Sul. Pouco antes do Natal volta aos treinos.
As campeãs precoces entraram no top-10 WTA
As mais recentes campeãs do Orange Bowl, com apenas 14 anos, conseguiram aceder, volvido algum tempo, ao clube das 10 melhores do ranking profissional (WTA Tour). Foi isso que se passou com a checa Nicole Vaidisova (campeã em 2003 e 7ª WTA em 2007), a russa Anna Kournikova (campeã em 1995 e 8ª WTA em 2000), a norte-americana Mary Joe Fernandez (campeã em 1985 e 4ª WTA em 1990) e a argentina Gabriela Sabatini (campeã em 1984 e 3ª em 1989). Se for permitido sonhar e a tradição se mantiver, Michelle poderá fazer parte dessa elite daqui a quatro ou cinco anos...
In: O Jogo
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