Uma análise cuidada e com algumas afirmações que obrigam a reflexão, levam-nos a transcrever do site da FPT, o que o seleccionador nacional da equipa masculina de sub-16 tem a dizer sobre o ténis juvenil português.
O técnico madeirense Jorge Gonçalves capitaneou a Selecção masculina de Sub 16 que alcançou um brilhante 6.º lugar na fase final European Summer Cups (Campeonato da Europa por Equipas). A competição decorreu, na passada semana, na localidade de Le Toquet, em França.
Os jovens Miguel Almeida, Martim Trueva e Pedro Palha foram os responsáveis pela proeza, colocando Portugal entre as oito melhores selecções da Europa. Para marcar presença na fase final da European Summer Cups, a Selecção Nacional vencera, alguns dias antes, o seu grupo na qualificação.
Jorge Gonçalves mostra-se satisfeito com a prestação da equipa e não se revela surpreendido com os resultados alcançados. “Penso que este 6.º lugar foi ao encontro do que estávamos à espera, pois, há dois anos esta equipa já tinha estado no Mundial. Sabíamos que, se os atletas mantivessem os mesmos níveis, poderíamos alcançar bons resultados”, refere o técnico.
Depois de uma excelente fase de qualificação em que Portugal conquistou o 1.º lugar no respectivo grupo, derrotando selecções como a Roménia ou a República Checa, Jorge Gonçalves chegou a pensar noutro objectivo. “Quando passamos o grupo como vencedores, pensávamos poder alcançar a qualificação para o Campeonato do Mundo, mas não foi possível e agora é olhar para o futuro”.
Uma nova geração de bons valores
Um futuro que o técnico da Federação Portuguesa de Ténis pensa estar assegurado, com estes e com outros jovens valores do ténis nacional. “Temos no escalão acima o Gastão Elias, o João Sousa, o Pedro Sousa, poderemos colher bons frutos na futura equipa da Taça Davis. O Miguel Almeida está a fazer uma época excelente, conseguindo até melhores resultados que o Gastão nos escalões inferiores”, afirma.
Sem grandes dúvidas, Jorge Gonçalves aponta desde já os nomes daqueles que considera como sendo, num futuro próximo, os potenciais ídolos do ténis português. “Vamos ter o Gastão, a Michelle, o João Sousa e também o Miguel Almeida em grande nível. Segui o Gastão em alguns torneios e penso que é um atleta fora-de-série, vai ter de esperar um pouco para singrar entre os seniores, mas não tenho dúvidas de que vai ter um bom futuro”.
Quanto a Miguel Almeida, o seu pupilo na Selecção de Sub 16, o técnico madeirense deixa as recomendações: “Acredito que o Miguel Almeida tem de fazer 30 a 32 semanas de torneios por ano lá fora, o que não é fácil devido aos custos. Tem de continuar a ter apoio para participar ao mais alto nível”.
Mais competição e menos pressão
Jorge Gonçalves não duvida da qualidade presente nos escalões mais jovens, mas reforça que “tem de haver investimento nos atletas para estes competirem entre os melhores, ao mais alto nível”. Na perspectiva do técnico a transição para os seniores tem de ser abordada de uma outra forma. “Nos escalões jovens Portugal tem estado sempre entre os melhores. Marca-se passo é na passagem dos juvenis para os seniores. As pessoas querem resultados muito depressa, mas nos seniores só ao fim de três ou quatro anos é que eles começam a aparecer”.
A competição constante ao mais alto nível é, na opinião de Jorge Gonçalves, um ingrediente obrigatório para que a transição para o escalão sénior seja feita da melhor forma, a fim de se manter os níveis conseguidos nos escalões mais jovens. O técnico da F.P.T apresenta um exemplo: “O Martim Trueva quando tinha 14 anos tinha um desempenho muito igual a um jogador búlgaro que agora defrontou, mas passados dois anos esse mesmo jogador está muito mais forte, porque participa sempre nos melhores torneios do circuito juvenil”.
Jorge Gonçalves alerta ainda para a necessidade de surgirem exemplos de jogadores profissionais que “possam motivar os pais e os sponsors, reforçando a aposta nas camadas jovens”.
Você tem pouca memória né cara!!? Super Homem só ah 1 é voce e mais nenhum! ah ah ah ahhhh
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